Resenha do Livro O Diário de Anne Frank

A história desse livro trata de uns relatos feitos por uma menina durante o seu cativeiro na 
II Guerra Mundial. Estes relatos foram escritos no período de 1942-1944, período no qual ela 
e sua família e alguns conhecidos ficaram presos no Anexo Secreto. A família de Anne saiu da
 Alemanha e foi de mudança para Holanda em busca de paz e qualidade de vida, no entanto a
 guerra acabou se aproximando de Amsterdã comprometendo a paz e o sossego dos judeus 
que por ali moravam.
Anne Frank era alemã, porém de descendência judaica, quando ela teve que se esconder
 por causa da perseguição aos judeus ela tinha apenas 13 anos de idade. A irmã de Anne 
mais velha Margot Frank foi convocada para se apresentar aos nazistas por ter 16 anos, 
para trabalhar no campo de trabalho forçado na Alemanha, então sua família decidiu apressar
 com o esconderijo com intuito de se livrar desta situação. Neste momento eles saem de 
sua casa para o Anexo Secreto, localizado no canal Prinsengracht, nº 263, em Amsterdã, 
o mesmo local onde ficava a empresa de Ottor Frank o pai de Anne Frank.
No entanto eles não estavam sozinhos nesta história toda. Havia pessoas que ajudaram 
a família a se esconder, sendo eles: Johannes Kleiman, Victor Kugler, Miep Gies e 
Bep Voskuijl, além do marido de Miep Gies, Jan Gies, e do gerente do armazém 
Johannes Voskuijl, o pai de Bep. Essas pessoas ajudaram durante os dois anos que os
 judeus permaneceram escondidos no Anexo, eram eles que traziam mantimentos, roupas
 e livros para os judeus assim como informações do mundo exterior.
Anne antes se esconder tinha feito aniversário e recebido do seu pai um lindo diário de
 presente, que no final da conta foi para ela como um conforto por viver privada da liberdade.
 Ela encontrou no seu diário como um meio de se distrair contando para sua amiga Kitty 
nome dado ao diário. Ela diariamente falava com Kitty por meio da escrita e isso se tornou o 
diário de Anne Frank. Seu diário se torna a amiga que ela não tinha mais, e sempre ela 
escrevia algo sobre si mesma, assim como os acontecimentos dentro anexo secreto. 
Ela teve o diário como um grande apoio para vencer aquele período de privações para 
todos os moradores do anexo secreto, nele ela escrevia contos e frases preferidas de alguns
 livros que ela já tinha lido.
E assim ela foi vivendo durante dois anos que ficaram escondidos, até foram descobertos no 
dia 4 de agosto de 1944. Os moradores do anexo secreto foram presos e também as 
pessoas que o ajudaram, Johannes Kleiman e Victor Kugler. Não se sabe como, mas o 
pessoal da sede do Serviço de Segurança alemão (Sicherheitsdienst), das prisões e do 
campo de transição de Westerbork, então os judeus foram deportados para Auschwitz uma 
rede de campos de concentração localizado no sul da Polônia operados pelo Terceiro Reich 
e colaboracionistas nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha Nazista no período 
da guerra. Mais dois dos ajudantes foram enviados para o campo de concentração de 
Amersfoort. Johannes Kleiman foi libertado pouco depois da detenção e, seis meses 
mais tarde, Victor Kugler conseguiu escapar da prisão. Imediatamente após a prisão, 
Miep Gies e Bep Voskuijl resgatam o diário de Anne e papéis que ela deixou para trás 
no momento da prisão no anexo secreto.
Anne e sua família foram presas no período de agosto de 1945, durante a prisão eles
foram separados um do outro, sua mãe foi para Auschwitz Oswiecim na Polônia e 
acabou morrendo em 6 de janeiro de 1945 de Inanição. As duas irmãs foram para
 Bergen- Belsen na Alemanha e sua irmã Margot morreu antes de tifo e por isso, 
que Anne ao presenciar sua morte também acabou ficando debilitada e então ela 
acabou morrendo de tifo em janeiro de 1945 poucos meses antes de a guerra terminar. 
O único que sobreviveu foi o pai Otton Frank principalmente das oitos pessoas que 
ficaram escondidas no anexo secreto. Otto então retorna para Amsterdã no início de 
junho de 1945, nisso a guerra já tinha terminado. Ela tem a esperança de encontrar 
a sua família, porém isso não foi possível pois sua esposa e suas filhas não resistiram 
aos horrores da guerra e acabaram falecendo.
Houve algumas intensas investigações, mas nunca ficou claro como o esconderijo foi 
descoberto. Neste período ele Otto se encontrou com uma das ajudantes Miep Gies 
que lhe entrega o diário deixando por Anne. O desejo dela era entregar o diário na 
própria mãos de Anne mas, não foi possível pois ela tinha falecido antes mesmo de 
guerra acabar.
Foi então que os amigos de Otto o convenceram a publicar o diário escrito por sua filha
 Anne, que ficou conhecida mundialmente, e já se passaram 73 anos do ocorrido e até
 hoje Anne é lembrada o sonho dela de ser tornar conhecida como uma grande escritora
 foi realizada, embora ela estando morta não saiba disso.
Considerações finais
No início da leitura do livro é muito divertido, pois é como se Anne e aquelas pessoas 
estivessem vivendo uma aventura, mas quando eles foram descobertos a história de 
aventuras se tornaram em uma história de terror, acabando com toda aventura e vem 
surgindo o terrorismo.
Como podem seres humanos cometerem tanto a mal assim, não consigo compreender,
 por que de alguma forma, nós comportamos dessa maneira com os nossos semelhantes. 
Ao mesmo tempo que eu amei conhecer a história de vida de Anne, também preferia não 
conhecer o final de vida de Anne, foi chocante muito de difícil de aceitar que para ela ser
 conhecida isso teve que acontecer com ela, nós somente sabemos do que aconteceu 
com ela, mas imagina o que aconteceu com as outras pessoas, eu me pergunto porque 
uma nação foi tão odiada como foram os judeus.
Nós precisamos de mais amor, porque não adianta disseminar ódio no mundo, assim
 como Anne e todos os judeus que morreram por causa dos horrores da guerra, muitas 
pessoas ainda têm morrido no mundo inteiro, guerras diariamente tem matando 
principalmente inocentes que em nada tem a ver com essas situações.
O que Anne mostrou escrevendo esse diário, é que vale a pena sonhar, porque o sonho 
te mantém viva e livre, mesmo após a sua morte. Hoje Anne se encontra viva nas mentes 
de várias pessoas no mundo inteiro, foi um sonho dela que se tornou realidade, mesmo 
depois da sua morte.
Sei que ambas as histórias uma nada tem a ver com a outra, mas gostaria de lembrar e 
citar um exemplo tão próximo de nós é a história de Marielle Franco, a socióloga, feminista 
e defensora dos direitos humanos e política brasileira, uma mulher que enquanto em vida 
batalhava contra os horrores da guerra. Uma guerra que continua presente no Brasil, que 
por causa dela muitos inocentes têm sido vitimados. No início falei que ambas as histórias 
de Marielle e Anne nada tinha a ver com a outra, no entanto percebe-se que tanto a judia 
como a brasileira morreram por um único motivo: a guerra, e que em cada lugar existem 
comportamentos diferentes, mas são movidas pelos mesmos sentimentos de ódio e 
intolerância ao seu próximo.

Redigido por: Daniela de Lima Santos

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